Economia e Poder – Como bilionários produziram guerras e recessões econômicas – Grupo Bildeberg
Neste 20 de março, morreu, aos 101 anos, o bilionário americano David Rockefeller, ex-presidente do Chase Manhattan Corp e patriarca de uma das mais famosas e influentes dinastias americanas.
No livro, Política, Ideologia e Conspirações – de Gary Allen e Larry Abraham( Faro Editorial), os autores denunciam diversos crimes mundiais, como crises financeiras e guerras, patrocinadas pelas famílias mais influentes do mundo, em especial Os Rockfeller, citando diretamente tanto David quanto seu irmão, Nelson. Este, impopular para ser Presidente, fez algo melhor, passou a controlar Nixon.
Os irmãos participaram ativamente do grupo Bildeberg, que visava construir ( e comandar) uma nova ordem social no mundo.Tal grupo uniu esforços das elites de poder da Europa e Estados Unidos. David era o seu principal representante nos EUA.
A obra explica, em detalhes, porque todo banqueiro se diz socialista e como intervêm em questões críticas e criam disputas entre diferentes grupos políticos, mas ganhando sempre, independente de quem vença cada jogo.
Abaixo, trecho do livro (páginas 133 e 134):
A base da propaganda comunista é, desde a década de 1920, a promessa de destruir os Rockefeller e outros super‑ricos. Contudo, descobrimos que desde os anos 1920 os Rockefeller estão empenhados na construção da força dos soviéticos. Faz sentido? Se um criminoso vaga pelas ruas gritando a plenos pulmões que matará o João Silva assim que
tiver uma arma e você descobrir que o João Silva está às escondidas dando armas ao criminoso, só há duas possibilidades. Ou o João Silva é um idiota ou toda a gritaria é mera encenação, e secretamente o criminoso trabalha para Silva. Os Rockefeller não são idiotas.
Enquanto David controla a ponta financeira da dinastia, Nelson controla a política. Nelson gostaria de ser presidente dos Estados Unidos, mas, infelizmente para ele, seu nome é inaceitável para a vasta maioria da base do seu próprio partido. Depois de ser presidente, a melhor coisa do mundo é controlar o presidente. Supõe‑se que Nelson Rockefeller e Richard Nixon são ferrenhos adversários políticos. Em certo sentido, eles de fato são, mas
isso não impede que Rockefeller imponha seu domínio sobre Nixon. Na competição entre os dois pela nomeação do Partido Republicano em 1968, Rockefeller naturalmente teria preferido ganhar o prêmio, mas a despeito de quem vencesse, ele controlaria o mais alto posto oficial do país.
Convém lembrar que no meio da elaboração da plataforma republicana em 1960, Nixon saiu de repente de Chicago e foi a Nova York para encontrar‑se com Nelson Rockefeller no que Barry Goldwater classificou de “a Munique do Partido Republicano”. Não havia nenhuma razão política para que Nixon rastejasse para Rockefeller. A convenção estava costurada a seu favor. Qual o sentido, então?
Em The Making of the President, 1960, Theodore White observa que Nixon aceitou todas as condições que Rockefeller impôs para o encontro, inclusive as provisões de que “Nixon em pessoa telefonasse a Rockefeller pedindo uma reunião; que eles se encontrassem no apartamento de Rockefeller… que a reunião fosse secreta e noticiada posteriormente à imprensa por meio de comunicado do governador, não de Nixon; que se anunciasse claramente que ela ocorrera a pedido do vice‑presidente; que o relato das políticas resultantes da reunião fosse longo, detalhado e inclusivo, não uma nota sumária”.
A reunião produziu o infame Acordo da Quinta Avenida, no qual a plataforma republicana foi jogada no lixo e substituída pelos planos socialistas de Rockefeller. Em sua edição de 25 de julho de 1960, o Wall Street Journal comentou: “… um pequeno grupo de conservadores dentro do partido… é empurrado para as margens… Os 14 pontos são de fato totalmente
de esquerda; eles compreendem uma plataforma de muitas maneiras semelhante à do Partido Democrata e estão muito distantes daquilo que os conservadores acreditam que o Partido Republicano deve defender…”
Como coloca Theodore White: “Jamais a guinada esquerdista quadrienal dos moderados do Partido havia sido tão abertamente dramatizada quanto foi pelo Acordo da Quinta Avenida. Qualquer honra que tivessem conseguido obter pelos serviços prestados à comissão da plataforma do partido fora arrasada. Uma reunião de uma única noite entre os dois homens em um milionário tríplex… estava prestes a indeferi‑los; eles foram desmascarados como palhaços para o mundo inteiro ver.”
Sem dúvida, a história completa por trás do que aconteceu no apartamento de Rockefeller jamais será conhecida. Podemos apenas fazer uma suposição razoável à luz dos eventos subsequentes. Mas o óbvio é que desde aquele momento Nixon passou a estar na órbita de Rockefeller.
Depois de perder para Kennedy por um fio de cabelo, Nixon, contra sua vontade, e a pedido (ou ordem) de Rockefeller, entrou na disputa para governador da Califórnia e perdeu. (Para mais detalhes, veja o livro Richard Nixon: The Man Behind The Mask, de Gary Allen.) Depois de perder para Pat Brown na corrida pelo governo da Califórnia em 1962, Nixon foi universalmente consignado à lata de lixo da política.
Ele deixou de exercer a advocacia na Califórnia e foi para Nova York, onde se tornou vizinho de Nelson Rockefeller, seu suposto arqui-inimigo, em um apartamento cujo aluguel era de 100 mil dólares por ano, em um prédio de propriedade de Rockefeller. Depois, Nixon foi trabalhar no escritório de advocacia do advogado pessoal de Rockefeller,
John Mitchell, e nos seis anos seguintes passou a maior parte do tempo viajando pelo mundo, primeiro reconstruindo sua reputação política e depois fazendo campanha pela nomeação republicana de 1968. Ao mesmo tempo, de acordo com a sua própria declaração de bens, seu patrimônio líquido foi multiplicado muitas vezes, e ele se tornou bastante rico. Nelson Rockefeller (e seus colegas do establishment esquerdista do Leste), que ajudou a tornar Nixon aceitável para os conservadores ao aparentar se opor a ele, resgatou Nixon do ostracismo político e o fez presidente dos Estados Unidos. Não faz sentido que Nixon, o homem de ambição voraz cuja carreira havia chegado ao fundo do poço, tenha precisado fazer alguns acordos para alcançar sua meta? E ele não terá contraído enormes dívidas políticas em troca de ser feito presidente pelo establishment esquerdista do Leste?
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