No artigo de hoje proponho um paralelo das múltiplas inteligências e habilidades com o interesse pelas literaturas. É importante observar que há um mundo de leitores e interesses que não são atendidos com a existência de um conceito de qualidade na Literatura, que contempla apenas um tópico das 9 diferentes inteligências. Quem sabe haja aí um excelente espaço para formarmos uma massa incrível de novos e perenes leitores?
Semanas atrás, enquanto ministrava um curso para formação de publishers, abrimos uma discussão a respeito de como formar de leitores. Um participante, que atua numa ONG que cria e organiza bibliotecas populares, persistiu numa questão bastante recorrente no mercado editorial: “O que garante que uma criança, jovem ou adulto que lê uma obra de puro entretenimento vá evoluir para uma literatura de melhor qualidade?”.
Nesse momento se acendeu uma luz vermelha imaginária na sala. Era para mim como se todos estivessem imóveis e eu assistindo a uma cena da inquisição. Foram segundos, mas lembrei naquela hora as repetidas vezes em que ouvi a mesma questão, sob a crença de que há um percurso necessário para se fazer com a Literatura, de que há um tipo de evolução, de que ler livros cada vez mais complexos é um ótimo caminho. Não é! E vou mostrar porquê.
Duas situações podem exemplificar bem isso. A primeira delas recebi dias atrás, num vídeo que vale muito a pena assistir e tomou o lugar hoje do filme que costumo comentar. Acontecia um importante Congresso de Ciência nos EUA, com a presença de grandes nomes. O principal deles, Neil DeGrasse, um cientista negro, que responde a seguinte pergunta feita com cinismo: Por quê há tão poucas mulheres na ciência? Assista.
http://www.youtube.com/watch?v=azH49eq9rcg
Agora saiba que quem fez a pergunta foi Larry Summers, ex-Presidente da Harvard University e Secretário do tesouro no Governo Clinton (e também do Obama). Me diga agora se toda a cultura, todos os livros que essa pessoa leu serviu para alguma coisa? A pergunta de Larry, que presidiu uma das mais importantes universidades do mundo, representa um argumento simplista numa defesa que apenas reforça a sua classe: a de homem, branco e de elite. Poderia dizer que, provavelmente, seu pensamento é racista, misógino e deve acreditar na supremacia de um grupo sobre o outro, como algum tipo de seleção da natureza, sem levar em conta outros aspectos sociais. Mas tipos como esse, em que a larga cultura não cria um pensamento abrangente, há muitos.
A segunda situação foi aqui mesmo no Brasil. Recentemente, um filósofo muito conhecido, que figura nas listas de mais vendidos soltou a frase: “Sempre achei que mulheres feias deveriam ser proibidas pela saúde pública!” Quando li, fui atrás da informação para ver se não era falsa, se não era algum tipo de trolagem. Mas não era. Foi feita de modo jocoso, e seu autor teve a coragem de defende-la. Não tenho dúvidas de que este Sr. é muito culto. Leu os grandes clássicos, mas me parece preso a um tipo de conceituação de relações sociais bem equivocada ou desigual. Sempre que ouço barbaridades assim me pergunto: De que adianta tanta cultura se não faz bom uso? Uma pessoa simples teria muito mais respeito pelos outros.
Vejam que estamos lidando com o “topo do topo” da pirâmide cultural. Imagine o meio.
Exemplos assim existem aos montes. As pessoas, todas, exercem suas opiniões com base em sua fonte de informação, interesse, experiência. E raramente se abrem para ouvir uma opinião que contradiga a sua. Sair de seu próprio meio cultural, estudar o outro lado, me parece um exercício inteligente que todos deveriam experimentar e cabe em qualquer situação.
Que evolução a literatura sofisticada promove?
Esse senso de que existe um processo evolutivo na obtenção de cultura literária não tem um valor para o mundo. Tem um valor para si próprio. Uma literatura sofisticada, por exemplo, pode servir para o leitor dialogar com suas próprias digressões pessoais, lidar com nossas questões filosóficas, deliciar-se na vivência e beleza promovida pela pena do autor, experimentar outros ares, olhares e espaços. O que isso promove diretamente para o mundo em termos de avanços? NADA! Queremos avanços ou algo que promova a evolução humana, então devemos investir em pesquisas nas Ciências: Física, Química, Biologia… E as Sociais, claro. A progressão numa literatura mais literária não vai promover nenhum mundo melhor, nenhuma pessoa melhor do que ela mesma queira ser, mesmo lendo ao pé da letra, a Bíblia, o Alcorão ou livros Agnósticos.
Formar leitores sem interferir no que irão ler
Então, quando ouço essa ideia persistente, de que só se deve investir na formação de leitores utilizando literaturas e autores que o mercado gosta de desprezar se houver uma garantia de que a pessoa, depois, partirá para literaturas mais “nobres”, fico pensando como o senso comum consolidou essa ideia autoritária amplamente difundida entre nós.
Se a evolução produz mentalidades como as desses dois senhores, melhor a ignorância. E não se trata de discordar de opinião política sobre a postura deles, mas sobre a visão segregacionista que eles mantêm, cada um a seu modo, instrumentalizados por larga cultura.
Há, claro, muita gente culturalmente ignorante, perversa e corrupta pelo mundo. A educação, a formação cultural, sem dúvidas, é o caminho das grandes civilizações. Os avanços em ciências e tecnologias acontecem concomitantemente com o desenvolvimento da língua, linguagem e seus processos. No entanto, o que precisa ser feito para promover a Literatura é dar o acesso, a experiência primária. O que vai acontecer depois disso não é controlado, dirigido e nem deve ser uma preocupação fortemente direcionada porque só irá atrair quem estiver intimamente alinhado a ela.
Como uma pessoa que já tem acesso à literatura experimenta um livro ou autor? Recomendação! Algo que leu ou ouviu sobre tal autor e ele mesmo procura. Se ficar encantado, lê tudo. Caso contrário, vai atrás de outro. Promover a Literatura para quem já gosta é importante, mas se a pessoa já gosta de ler podemos dizer que apostar apenas nisso é como chover no molhado. E não é exatamente isso o que nossa cultura de livros faz? Falar, divulgar e valorizar livros e obras mais literárias que não atendem a um público pouco-leitor? Criar novos leitores, não apenas crianças, mas adultos que não leem, me parece ser uma tarefa mais importante. Especialmente, porque aumenta a massa de leitores, e terá certamente reflexo na educação, na profissionalização e na cidadania. Quão seria melhor que nosso processo de Educação fosse feito pela Literatura.
Motivações que tornam uma pessoa próxima dos livros
Uma pessoa começa a gostar de ler depois que é apresentada aos livros, e tem uma oferta com liberdade para escolher aquilo com o que mais se identifica. Há leitores que buscam aventura, outros, respostas para questões filosóficas da vida. Uns, conselhos, outros gostam das curiosidades. Ainda não conheço estudos que identifiquem a grande variedade de motivações que tornam alguém leitor. Há no entanto, um aspecto de nossa cultura de leitura, que identifica como relevante apenas a erudição do texto lido. Canso de ouvir gente que lê sempre, mas quando pergunto o que está lendo tenta citar um clássico (que efetivamente não o leu ou leu sem gostar, porque você percebe que fala do livro sem brilho ou sem profundidade) ou fala em tom baixo, com uma frase como que se desculpando por gostar de O pequeno príncipe ou o romance best-seller do momento. O que esta cultura da erudição promove? Vergonha de seu hábito de leitura e isso não é motivador. Uma importante pesquisa recente indicou que o principal motivo apontado pelos leitores como a vantagem dos e-readers era que ninguém sabia de fato o que eles estavam lendo quando o faziam em público.
Diferentes inteligências, diferentes interesses, diferentes literaturas.
É importante observar que há um mundo de leitores e interesses que não são atendidos pela simples existência de um conceito de qualidade na Literatura, a tal da erudição. O mundo já reconhece a existência de 9 diferentes tipos de inteligências. Veja a ilustração abaixo:
Há séculos encaixamos as pessoas nas vocações para as mais diferentes áreas, ainda contidas nas designações humanas, exatas, biológicas e suas derivações. No entanto, na Literatura ainda mantemos um conceito de valor que abarca apenas uma das mais de 15 áreas dentro das ciências humanas. Se observarmos, esse conceito de valor literário inclui efetivamente a Linguística, acrescentando, dependendo do caso, a Filosofia e a História.
Outra classificação, esta mais recente, sofre da mesma falta de reflexão. Uma mesmo livro pode ser encaixado como obra de não ficção ou de auto ajuda, dependendo da época em que foi escrito. Vários livros de Filosofia, são considerados Não ficção, se forem clássicos, como Sócrates, Schopenhauer (como a arte de ter razão), etc. Mas se o mesmo tema de Filosofia for escrito por um autor hoje, será considerado autoajuda. É hora de começarmos a pensar diferente. Esses conceitos estão obsoletos e não fazem nenhum sentido. Pode parecer outro assunto o que estou dizendo, mas faz muita diferença para um autor, leitor e crítico lidar com um segmento ou outro. Por um certamente há respeito, por outro, nem sempre. E o motivo é ignorância, porque são a mesma coisa.
A Educação pela Literatura
Promover literatura para quem não tem o hábito cria um novo leitor que pode ser leitor para sempre. Se ele vai continuar a ler; ampliar o interesse por textos mais literários, ninguém sabe e nem deveria ser uma preocupação central. E se você concordar que uma pessoa com pensamento mais complexo, sofisticado e culto não é mais feliz ou humana que outras, porque esse pensamento de “evoluir” na leitura? Vamos deixar as pessoas serem felizes lendo por décadas Nora Roberts e Mary Higgins Clark. E sempre haverá os que preferem a poesia parnasiana, os ensaios de Eric Hobsbawm. O que vai acontecer com estes? Seguindo sua própria inclinação e interesses, provavelmente lerão, o que podemos chamar no bom sentido, mais do mesmo – autores semelhantes aos que já gostam em linha de pensamento, seja de entretenimento, arte ou filosofia. Se olhar desse ponto de vista, o mais do mesmo, independe se trata-se de uma obra política com orientação marxista ou o romance romântico.
Sempre que se levantam propostas sobre priorização do trabalho para criar novos leitores algumas pessoas com larga formação se sentem pessoalmente ofendidas, como se priorizar um público fosse uma crítica pessoal à formação mais culta. Não se trata disso. A formação cultural de maior envergadura e o gosto por textos de arte não precisam de grandes defensores, elas são o topo de sua arte. Fomentar o surgimento de leitores é o caminho para fazer crescer também esse topo e, para isso, vale repensar meios, formas e conteúdo. O que proponho aqui, caro leitor, é um diálogo com suas crenças. Penso que é preciso estar disposto a ver e a aprender a todo momento, sair do lugar confortável do mundo culto em que nós nos encontramos hoje e dar o direito de outros grupos, antes sem condições até de ler, a ler o que querem. Leitura é sempre boa e nossa Educação seria muito melhor se promovida por uma leitura sem controle.
Se quiser escrever algum comentário, será um prazer recebê-lo, pois aprendo sempre com visões de áreas diversas. Escreva logo abaixo.
Parabéns pelo texto, torço que você tenha conseguido passar um pouco dessa visão ao público do curso. Afinal, precisamos de menos preconceito no meio editorial. Por outro lado, queria dizer que não vi a pergunta do Summers ao Neil DeGrasse como preconceituosa. Posso estar errado mas vi ali apenas uma provocação. Não para o DeGrasse especificamente mas para a banca. Lembrei deste anúncio aqui, bem legal: http://youtu.be/XP3cyRRAfX0?list=LLpAotYIMeirCiYyKCiErEvA
Oi Flávio. Acho que o debate no curso ficou bom. Todo mundo opinou. No artigo, pude me aprofundar mais.
Sobre a pergunta do Larry, houve muita repercussão nos EUA. Creio que apenas um cara de extrema direita saiu em sua defesa. Mas acho que mesmo sendo uma provocação, o conceito de eleger como melhores as virtudes que possui, sejam natas(como raça e genero) ou adquiridas(como cultura), é uma chaga bem humana. É a origem da dos preconceitos e da dominação de um grupo sobre outro. E De Grasse, acho, colocou muito bem ali como essa questão percorreu sua vida por ser negro. Eu sou bem a favor de politicas afirmativas. Acho que no Brasil ela é equivocada. Privilegia-se o negro e não o pobre, que era o mais correto. E para categorizar o negro num pais de mestiços é algo estúpido. Muito obrigado por seu feedback.
Muito bom o seu texto. A ditadura do erudito, especialmente para nós do meio editorial, é sempre um saco de se explicar. Vou guardar o link para uso futuro. Obrigada.
Obrigado, Nicolle. Acho que há muitos tipos de erudição que não a linguística: a erudição matemática, a espacial, a psicológica, e muitas outras que ainda não foram descobertas. Vamos descobrindo juntos. Abraços
Bom dia Pedro, Parabéns pela Coluna, ótimos textos! A resposta de Neil DeGrasse Tyson a pergunta infeliz do Sr. Summers foi pertinente e exemplifica muito bem o que você nos trouxe com este post. O importante não é formar leitores que evoluam para a erudição, pois o desafio maior está primeiro em formar os leitores deste País. Mas as barreiras criadas pela sociedade, as imposições de que ler livros mais “difíceis” vão fazer o leitor ler mais “cabeça”, não significam que ele vai ler mais. Ler é um gosto pessoal e existem vários estilos literários justamente para isso, para se encaixar ao gosto de cada indivíduo, mas o preconceito formado para com aquele que lê livros comerciais impede que a leitura seja prazerosa, pois o leitor não está lendo o que gosta, mas sim o que foi imposto à ele. Sou admirador da tese de introdução à leitura do Professor Pier (Pierluigi Piazzi), onde ele ensina que para ler, primeiro é necessário descobrir qual estilo literário você gosta. “Mas como fazer isso? Lendo, hora bolas! Mas não precisa ler um livro até o final, leu alguns capítulos, não gostou? Troca o livro, escolhe outro autor, outro estilo, leu alguns capítulos, não se envolveu? Troca novamente o livro, uma hora você vai se apegar a algum estilo e não vai mais querer largar.” Foi assim comigo, me torturei na escola lendo nossas obras nacionais como Machado e Cia, mas me apeguei mesmo aos romances contemporâneos, depois de passar por Thriller e aventuras. Um grande Abraço.
Muito obrigado pelos comentários e depoimento, Anderson. Vou copiar um trecho e citar nas redes sociais. 🙂
(Y) Ficarei honrado!
Que bom que o meu pensamento sobre o sentido da leitura vai ao encontro de uma pessoa como você, com ampla formação e experiência.Sou voluntária em um projeto de leitura que teve com finalidade montar um espaço de leitura em uma povoação rural aqui de Alagoas, com a intenção de levar o acesso ao livro para os moradores desse lugar. O contato com a leitura não é obrigatório, mas a existência de livros, junto com algumas atividades, vai aos poucos despertando o interesse, a curiosidade em entrar em contato com o que há nesse espaço que faz parte do espaço deles, a exemplo de tantas outras iniciativas que felizmente existe por aí. Acredito Falo que o livro pode ser um grande aliado para nossas vidas, mas a vida de cada um é um grande livro onde aos poucos vamos escrevendo nossas próprias experiências, sonhos, imaginação.E o que são os livros se não pedaços do que existem em nós e o que aprendemos na vida? Parece filosofia, mas na prática a literatura é a maneira como cada um vive e vai deixando ao mundo. Nos meus próprios pensamentos e modo de me expressar existe uma porção do que vamos bebendo dessa fonte inesgotável, vindas de famosos e anônimos seres que escrevem. Muito bom esse seu blog.
Nossa. Que felicidade é conhecer gente com sua experiência de campo e ver que estas ideias se juntam com a realidade. Muito obrigado por compartilhar sua experiência. Abraços
Oi, Pedro, lembrei da nossa última conversa e pelas minhas reflexões estou cada vez mais convencido de que você tem razão. A mística da alta literatura como santo graal universal é elitista, provinciana e burra. Cada um que leia o que quiser, sem necessidade de cumprir com um roteiro definido pela academia. Como você mesmo disse, ninguém fica melhor como pessoa só porque tem o hábito da leitura. Ou pior. É meio óbvio dizer, mas a leitura é uma viagem solitária, pessoal e intransferível, portanto não existe nem pode existir um destino único. Cada um decide para onde quer ir. O que as pessoas que defendem a literatura como algo próximo do sagrado não se dão conta de que é necessário oferecer às pessoas o máximo de alternativas para que elas possam escolher o que lhes aprouver.E que sagrado é apenas um padrão e que, portanto, cada um sabe o que significa para si mesmo. Para mim, por exemplo, sagrado mesmo é o conceito de liberdade.
Muito obrigado pela troca, Henrique. Refleti muita coisa naquele nosso encontro… foi ótimo ver você falando sobre como reviu pontos de vista de sua formaçao cultural depois de ver que seus filhos tinham outras opiniões porque foram criados de modo diferente, com outros olhares. isso é uma experiencia excelente, e rara.
Excelente o seu artigo, Pedro! É bem verdade que existe uma certa ditadura de erudição na sociedade ocidental, contemporânea (naturalmente imposta de cima para baixo). Penso que a leitura deva ser, acima de tudo, prazerosa. Como mãe de um filho ainda pré-adolescente e de dois adolescentes, vivo me questionando o que os fazem apreciar ou não determinado livro, incensado ou não pela mídia ou crítica especializada. Ainda não descobri. Apenas sei que, na faixa etária deles, não é pela linguagem, mas muito mais pelo enredo. Como os meus filhos não querem “aparecer” ou demonstrar ser mais do que ninguém, jamais usam a leitura como fonte de diferenciação social. Eles leem e guardam para si o prazer que obtêm dos livros (e os gostos são bem variados, em casa). O mais velho aprecia FC, distopias; o do meio é fã de Star Wars e franquias equivalentes; e o caçula transita entre vários autores nacionais a quem lhe apresentei (contemporâneos ou não). Mas não consigo jamais forçar uma leitura. Se ele não se interessa logo nas primeiras 20 páginas, o abandono é certo, por mais que eu gostaria de prestigiar determinado amigo escritor…rs.
Parabéns por entender e respeitar as preferências de seus filhos. E que eles continuem assim, extraindo da leitura o que lhes dá prazer. Porque o pior (para o ser humano e para a arte) é quando trocamos o prazer da leitura pela vaidade do que se leu 🙂
Oi, Kyanja! Bom vê-la por aqui. Conheci o Pedro Almeida ontem, aqui pelo seu blog e pelo PublishNews e já me tornei fã dele.
Retomando o tema, lembro-me bem de uma entrevista do Marcos Rey, em que ele dizia em tom de lamento que raríssimos leitores de suas aventuras infanto-juvenis se tornavam leitores mais eruditos…
Estivesse participando deste debate e ele se livraria dos seus pesares e poderia experimentar o bom sentimento de dever cumprido, pois ele conseguiu, como poucos, levar bons conteúdos (como o roteiro do Sítio do Picapau Amarelo) ao grande público, além do sucesso alcançado pelos seus, hoje, clássicos livros da série Vagalume.
Não sei onde li isso mas lembro que li mais ou menos assim: “Não existe livro bom ou ruim , o que existe são leitores diferentes”.